Nutricionista dá dicas para uma alimentação equilibrada no período de isolamento

13/04/2021

Vanessa Zanoni Carvalhaes, coordenadora do curso de Nutrição do Ceunsp aponta piora na qualidade da alimentação e que pode estar relacionada ao aumento da ansiedade;

Especialista indica ainda que os nutrientes presentes nos alimentos auxiliam na imunidade

No último ano, grande parte da população brasileira minimamente duplicou o período de permanência dentro de casa em razão da pandemia. Para a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário N. Senhora do Patrocínio (CEUNSP), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, Profa. Especialista Vanessa Zanoni Carvalhaes, este cenário de mudanças de rotinas interferiu, inclusive, na qualidade da alimentação dos indivíduos.

Recentemente diversas pesquisas e discussões de profissionais da área de Nutrição tem debatido o tema, e concordam que novos hábitos alimentares, sobretudo os negativos, podem estar associados ao aumento, por exemplo, da ansiedade. “Vivemos em um cenário de incertezas, e o maior tempo em isolamento faz com que alguns hábitos, inclusive alimentares, sejam alterados e potencializados. Observa-se, portanto, um aumento do consumo de determinados alimentos, como os ultraprocessados, que não são indicados, que somado ao sedentarismo comprometem a qualidade de vida e favorecem a compulsão alimentar”, explica Vanessa Zanoni.

Para estes momentos difíceis, a especialista aponta que o alerta está em associar distúrbios como ansiedade à necessidade de comer ao cérebro, o que pode gerar a má alimentação. “Assim como a ansiedade, o estresse faz com que as pessoas busquem por alimentos de alta densidade calórica (gorduras e açúcares) e baixo valor nutricional, o que gera uma alimentação desbalanceada, ganho de peso e aumento no risco de desenvolvimento de doenças. É um círculo vicioso: a alimentação errada acarreta ansiedade e que volta a instigar a má alimentação, e daí por diante”, alerta.

Segundo a especialista, é por essa razão que, para o “sentimento de fome”, o ideal é optar por alimentos ricos em fibras, que auxiliam no processo da saciedade. “Entre os alimentos que posso indicar e que contribuem para o bem-estar físico e mental, estão as frutas, legumes, verduras, carnes, leguminosas e oleaginosas, que são ricos em vitaminas A, B6 (piridoxina), C, D e E, minerais selênio e zinco e o ômega-3, além de, no paralelo, ser fundamental aumentar o consumo de água e das atividades físicas sob orientação mesmo no espaço do isolamento”, aponta Vanessa e que finaliza ser essencial evitar alimentos industrializados, frituras, reduzir o consumo de açúcares e gorduras hidrogenadas, para o benefício tanto o corpo como a mente.

Mini-bio da especialista Vanessa Zanoni Carvalhaes

Mestranda em Ciências da Saúde pelo IAMSPE. Especialista em Nutrição Clínica pelo Grupo de Nutrição Humana – GANEP e em Administração Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, Graduação em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professora Titular do curso de Nutrição no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP e supervisora do Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica no mesmo Centro Universitário. Experiência na área de Nutrição com Ênfase em Clínica, no gerenciamento de Unidade de Alimentação e Nutrição e na área de Gestão da Qualidade.